Deixando o lápis e tomando a caneta. ( Colossenses 1. 10 )
Eu me lembro de quando eu era criança...
Quando comecei aprender a ler e a escrever. No início seguia as linhas pontilhadas, depois tentava escrever sozinho. Por diversas vezes minha avó e minha mãe exigiam uma letra bonita e não se cansavam de apagar o que eu tinha escrito até que tudo estivesse perfeito.
Eu; em lagrimas, começava tudo outra vez, foi um período doloroso (hoje maravilhoso) Ás vezes; acertava; outras; errava; e quando terminava a lição, o que sobrava era um lápis menor, restos de borracha pela mesa, muitas lagrimas, algumas palmadas, diversas folhas deformadas e marcadas pelo apagar da borracha. Os anos se passaram e algo mudou. O lápis não gastava tanto, a borracha não era tão usada, e as folhas e as marcas diminuíram muito. E parecia que tudo ia bem.
Ao passar dos anos apresentaram-me uma amiga “a caneta“ – que horror!!! Pensei: E agora? Será que existe borracha que apaga caneta? Existia. Mas as marcas nas folhas eram maiores. Que desespero! Escrever com algo que era mais difícil de apagar. Eu queria voltar a usar o lápis. Mas já não era possível (a professora não deixava ) . As vezes, a folha saía perfeita, outras a vontade era de arrancar, outras era necessário arrancar e começar tudo de novo. Pensava comigo: talvez ninguém perceba. Mas a professora no inicio do ano letivo mandava numerar todas as folhas, e se fosse arrancada, seria percebida sua falta. E com isso as técnicas iam aparecendo – não apagava, riscava a palavra; e quem olhasse de uma forma rápida não perceberia o erro, mas se alguém olhasse mais devagar notaria algo.
Com o passar do tempo a borracha foi deixada um pouco de lado, e as canetas aumentaram, já eram canetas de cores diferentes e tudo era mais colorido e bonito. Escrever com a caneta não parecia tão assustador; se pensava antes de escrever. Mas, mesmo assim, de vez em quando tinha um erro aqui e outro ali. O que era interessante é que quando começávamos um ano, um novo caderno, as letras com “ caneta “ eram arredondadas, cuidadosamente preparadas. ( e se olhassem os cadernos das meninas tinha mais florzinha do que palavras – rsrsr ). Mas, as palavras iam se modificando com o tempo, iam se curvando, se arrastando pelas linhas, já fica difícil entender o que foi escrito e porque foi escrito. Mas, a caneta estava ali e não poderia ser de maneira nenhuma substituída pelo lápis.
Conclusão : Deixando o lápis e tomando a caneta ( crescendo em maturidade ). Na vida a principio somos guiados pelas linhas pontilhadas. Depois, começamos a escrever nossa historia com lápis , são atitudes que muitas vezes deixam marcas, mas de alguma forma foram apagadas, e começamos a caminhar seguros. Depois, a caneta, e a responsabilidade aumenta, os riscos são maiores, os erros menos constantes, mas mais marcantes, não é possível voltar ao lápis e não adianta riscar a palavra ou até mesmo arrancar a pagina, de alguma forma estará ali.
Na vida cristã também crescemos em maturidade. A princípio escrevemos a nossa história com lápis. Ao encontrar com Cristo tudo pode ser apagado (ainda que fique as marcas) e o Senhor nos mostra a responsabilidade que temos de escrever uma nova historia com caneta . No começo, ainda, erramos, tem folhas que queremos arrancar, mas ele está nos ajudando a escrever a nossa nova historia.
Talvez, você esteja ainda escrevendo a sua historia com lápis.
Talvez, esteja com medo da caneta.
Mas, entenda com o passar do tempo as cores das canetas vão aparecer e fazer com que sua historia seja um pouco mais colorida
Você poderia permanecer no lápis, e o tempo apagar sua historia. Mas, crescer é necessário. Crescer em maturidade não significa ausência de erros. Mas, tomar a decisão de escrever sua historia com caneta e essa será eterna. A decisão mais importante da vida do homem é com respeito a eternidade.
Não tenhas medo, crê somente . Deixe Ele te ajudar a escrever a tua historia.
I João 2. 17 “ Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre “